Imagem de Nossa Senhora em peregrinação pela paróquia

 

O mês de Maio é o mês de Maria. Um mês dedicado a Nossa Senhora de Fátima enquadrado nas aparições tendo principal importância o dia 13 de Maio.

Na nossa Paróquia, já vem sendo tradição a imagem peregrina percorrer as nossas capelas. Este ano volta a acontecer. No ano passado terminou a volta por todas as capelas da paróquia de Proença. Este ano volta ao início, onde tinha começado há 4 anos.

Assim aconteceu no passado dia 5, com a imagem de Nossa Senhora, dirigindo-se para a capela das Cimadas. O povo de Proença seguiu a pé, em procissão, até à variante, seguindo depois em cortejo de carros até às Cimadas. O povo das Cimadas recebeu Nossa Senhora e conduziu-a à capela. No dia 9, chegou a hora do povo do Vergão receber a imagem peregrina, que seguiu em procissão desde as Cimadas até ao Vergão. Aqui ficará até ao dia 13 de Maio, de onde segue para a capela da Maljoga.

A recepção à imagem peregrina, à semelhança dos outros anos, é uma verdadeira manifestação de fé do nosso povo. Como disse o Papa Paulo VI, numa carta encíclica, a pedir orações pela paz: “Ao aproximar-se o mês de Maio, consagrado pela piedade dos fiéis a Maria Santíssima, enche-se de felicidade a nossa alma com o pensamento do comovedor espectáculo de fé e de amor que, dentro em pouco, será patente em todas as partes da Terra, em honra da Rainha do Céu” .

Durante o mês de Maio, que em grande parte coincide com os cinquenta dias da Páscoa, os exercícios de piedade deverão evidenciar a participação da Virgem no mistério pascal e no evento pentecostal que inaugura a caminhada da Igreja; uma caminhada que ela, tornada participante da novidade do Ressuscitado, percorre guiada pelo Espírito » (n.º 191 O Directório sobre a piedade popular e a liturgia).

Por isso, os exercícios de piedade devem estar iluminados pela luz de Cristo ressuscitado, apresentando Nossa Senhora como uma crente que se associou ao seu Filho na sua paixão e ressurreição, assim como esteve presente no Pentecostes, quando nasceu a Igreja.

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Cimadas

Capela de Nossa Senhora das Dores

     

 Um nome, 3 aldeias

     A origem da designação Cimadas, não se conhece muito bem, mas não andará longe do facto de a sua localização estar na parte mais alta segundo a definição do dicionário. Cimadas quer dizer a parte mais alta, no entanto não se pode por de lado o facto de a aldeia ter tido origem num primitivo local (algum castro), pois segundo o padre Henrique da Silva Louro, na sua monografia de Cardigos, afirma ter existido um Castro no Cabeço da Porca, monte que fica sobranceiro às Cimadas. Não andará muito longe da verdade, pois a comprovar isto tem-se encontrado na área ocupada pelas aldeias alguns fragmentos de cerâmica, machados de pedra e a existência de algumas antas, hoje reduzidas a simples mamoas. Tudo isto completado com “Pedra das Letras” nas Carcovas.

    As Cimadas e Montinho das Cimadas, ficam situadas na parte Oeste do Concelho da freguesia de Proença-a-Nova. Fazem fronteira com o concelho do Mação, delimitadas pelas ribeiras do Bostelim e do Mêsão Frio, ambas com origem nos montes sobranceiros às Cimadas. Resultado da sua situação de fronteira por diversas vezes pertenceram a outros concelhos. Assim, segundo o promptuário das terras de Portugal de 1689 esteve integrada no concelho de Cardigos. Em 1838 as Cimadas pertenceram a Vila de Rei, embora por pouco tempo.

    Estas aldeias têm sofrido do flagelo da desertificação. A escola Primária fechou e depois de muitos anos, nasceu há dois, a Matilde, nas Cimadas Fundeiras. Actualmente, tem ganho alguma vitalidade. Algumas casas novas são prova dessa recente viragem. Situada a 5 quilómetros da sede de Concelho e a 2 quilómetros do IC8 tem assim, uma localização privilegiada em termos de localização.

     A sua capela é de origem antiquíssima. Já em 1652 o vigário-geral do Priorado do Crato nomeou um capelão para lá. Foi das primeiras povoações a ter uma escola, ainda hoje se podem ver os dois edifícios junto da capela. Às festas em honra de Nossa Senhora das Dores acorriam, com os seus andores, os povos de Maljoga e Carvalhal.

    Durante largos anos as Cimadas tinham padre residente. Ainda hoje existe a casa do padre, e do professor,reconstruídas. Tudo isto levou a que aqui nascessem muitas vocações que deram e continuam a dar o seu contributo ao Reino de Deus. De entre estes salienta-se P. Luís José da Silva, que foi Vigário Pró-Capitular de São Tomé e Príncipe e era um músico distinto. O P. João José da Silva, que missionou em Angola. O P. Manuel Martins que foi professor do Seminário de Damão. O P. Joaquim da Silva, que foi pároco de Monforte e o Padre Fernandes que depois de árduo trabalho missionário em África veio terminar os seus dias terrenos, nas Cimadas.

Para além destes, que já deixaram este mundo, existem ainda 6 sacerdotes, que desenvolvem a sua actividade em várias Congregações. Presentemente está permanentemente nas Cimadas o P. José Luís Francisco da Congregação do Preciosíssimo Sangue.

 

Cimadas Fundeiras e Montinho.