“CPM – âmbito da nova evangelização”

19-11-2014 17:10

Decorreu no passado dia 8 de Novembro, em Fátima a Formação Nacional do CPM – Centro de Preparação para o Matrimónio. Iniciou-se com a oração e a saudação a todos os participantes (270) vindos de todo o país, seguindo-se às 10 horas uma palestra subordinada ao tema “CPM – âmbito da nova evangelização”, pelo Sr. Dom Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa.
Focou o aspeto da Nova Evangelização, expressão utilizada pelo Papa São João Paulo II, salientando depois que: “É preciso recomeçar com novo ardor, novos métodos, novas expressões”. Insistiu depois na necessidade urgente de nos adaptarmos às circunstâncias sociais que hoje se verificam, como é o caso das deslocalizações das pessoas de uns lugares para outros. Por isso “o ardor tem que ser reforçado, a maneira de fazer, de comunicar , porque a realidade mudou”.  
Depois do almoço os trabalhos retomaram às 14H30, com o tema: “Como falar de Deus aos jovens”. O casal Liliana e Nuno, recém casados, falaram da sua experiência como jovens, como foram integrando Deus nas suas vidas. Salientaram que o principal é despertar o interesse, levar os outros a interrogar-se. “Captar a atenção das pessoas que podem não ter tido quem lhes falasse do Deus Amor e que nos torna pessoas melhores”.
O casal Helena e Vasco falaram da sua experiência no Movimento dos Focolares. Trabalham com jovens na seção juvenil dos Focolares.  Um caminho que foram percorrendo aos poucos e que “nos ajudou a descobrir esse Deus de amor”.
E que hoje com a sua experiência de vida e de vivência vão ajudando outros jovens a caminhar e a descobrir Deus, partilhando a sua experiência pessoal.
A terminar falou o padre Eduardo Novo, sacerdote Mariano da Imaculada Conceição, também sobre o como falar de Deus aos jovens. Para o padre Novo, evangelizar os jovens, tem que ser de uma forma “simples, prática e concreta, entrar na sua linguagem… anunciar a abertura do nosso coração e dizer que trazemos notícias de Deus”.
Destacou ainda a importância de sabermos quem são os jovens de hoje. E disse: “Enquanto há jovens, há esperança. Esta força é uma esperança para a humanidade, logo é-o também para a Igreja”. Mas corre o risco de se diluir em “formas que destroem”. Daí a importância da pastoral juvenil “se definir como aquele papel que a Igreja tem para cuidar, para ajudar a caminhar e a crescer a juventude. Para que ser jovem hoje seja uma força viva, conjunta, de união e de comunhão para se projectar aquilo que é o sentido, o significado e o valor da vida”. Salientou depois que é preciso dar vez, voz e valor aos jovens.  “Para que de uma forma autêntica eles se assumam como protagonistas e não como meros destinatários da mensagem que a humanidade e a própria Igreja quer colocar “. Uma das características de ser jovem hoje é a sua autenticidade, o seu valor, “a capacidade de projectar a sua própria vida com a consequente recusa de toda a falsa identidade, imposta pelos outros ou até por si mesmo”, referiu o Pe. Novo. Para ele, a grande novidade é que “os jovens não são meros destinatários, mas protagonistas desta evangelização”. É possível comunicar a fé, mas tem que ser com convicção . Só assim esta comunicação é possível. “O que me move é o encontro com Jesus Cristo, com esta pessoa, relação comigo mesmo, com Deus e com os outros”.
          Conceição Alves