Entender quem sou e o que Deus quer de mim

Entender quem sou e o que Deus quer de mim

Decorreu nos dias 8 e 9 de Março, no Seminário do Preciosíssimo Sangue, em Proença-a-Nova, um Retiro de Quaresma para jovens a partir dos 16 anos, com a participação de 24 jovens de diversos pontos da Diocese. A organização esteve a cargo do Secretariado da Pastoral Juvenil e Vocacional da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, sendo o Encontro orientando pela Irmã Patrícia, da Congregação das Irmãs da Apresentação de Maria, (paróquia de Alferrarede), juntamente com mais 3 jovens que a ajudaram, a Maria João, o João e a Teresinha.

Esta é uma proposta que o Secretariado faz todos os anos à Diocese e a todas as paróquias. O objetivo do Encontro neste 1º fim-de-semana da Quaresma, é precisamente o de dar pistas e desafios para que estes jovens possam viver a Quaresma ao longo destes 40 dias, de uma forma diferente. Falámos com o Padre Rui, presidente do Secretariado da Pastoral Juvenil e Vocacional da Diocese. Falou-nos da necessidade de haver estes encontros, de as paróquias investirem nos jovens, à semelhança do que fazem os pais com os filhos. “Por vezes temos que acordar os jovens e despertar constantemente. Este Encontro foi uma descoberta, foi o sentir que somos pessoas limitadas, desafiando a aterrar”.

A Via-Sacra feita no Sábado marcou este Encontro, levando estes jovens a perceber as suas limitações, a descobrir o sentido do caminho e a descobrir alguns desafios.

Para a Irmã Patrícia o balanço é positivo, sentiu que “estes jovens estão empenhados, procuraram parar e fazer um balanço da sua vida, analisar o seu ser e o seu estar como cristãos no mundo, na sociedade, na paróquia. Parece-me que estão muito motivados e alegres”. Nem todos os jovens estão abertos a estas temáticas, então o que fazer para os cativar? Para a Irmã Patrícia é preciso “rezar, e mostrar-lhes que Jesus Cristo continua a chamar e a cativar jovens, e que é um projeto de vida e de felicidade”.

Falámos com alguns dos jovens. O José veio de Fortios, Portalegre: “vim para me encontrar com Deus e comigo próprio, conviver e conhecer pessoas novas. Para a Catarina, da Sertã, foi a primeiras vez que participou num encontro desta natureza e o balanço que faz é “muito positivo, gostei muito e quero voltar a repetir”. Do Gavião veio o João, e para ele este tipo de encontro é muito importante: “Ajudam-nos muito na nossa vida, na relação com os outros”. O que diria aos jovens  “que venham e façam encontros como este”. A Beatriz de Alter do Chão também estava feliz e veio porque “queria entender quem sou e o que Deus quer para mim”. A Leonor de Cabeço de Vide veio “porque é bom para refletir sobre coisas que nos preocupam e nos acontecem”.

 

Os jovens estão abertos a propostas

Para o Padre Rui, os nossos jovens estão abertos às propostas que lhes possamos fazer. “No entanto não podemos generalizar. Há jovens que estão dispostos a receber esta mensagem de Deus, outros jovens simpatizam, mas muitas vezes não estão dispostos a fazer o caminho, a mergulhar mais fundo naquilo que Deus tem para eles”.

Quando se diz que os jovens andam afastados da Igreja, o Padre Rui entende que não é bem assim. “Por vezes ligamos muito às percentagens. Pode haver um grande número de jovens e dentro deste número, muitos poderão andar afastados, mas temos jovens dinâmicos, empreendedores e capazes de seguir a Cristo. Temos é que perceber que estamos no interior e que também não há muitos jovens. Mas quando há estes encontros e eles aceitam o desafio, eles vêm. Temos o exemplo dos convívios fraternos com uma dinâmica sempre envolvente, de 40/50 jovens, que depois levam muita alegria,  e a mensagem de Cristo aos outros. Temos jovens e jovens bons capazes de seguir a Cristo, temos é que lhes fazer o desafio. Temos que lhes dar oportunidades,  não é só dizer que temos missa ao domingo, mas convidá-los para convívios, encontros de partilhas, de dinâmicas, para perceberem que não estão sozinhos mas que há outros a caminhar com eles”. C.C.