“A Missão Educativa da Família e a Cultura da Fé”
Dia Diocesano do Catequista
Foi este o tema escolhido para o XXIV Dia Diocesano do Catequista, da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, que decorreu em Alcains, no passado dia 26 de Abril.
A parte da manhã teve início com a oração seguindo-se a apresentação do tema, pelo padre José António Gonçalves. Partilhou com os catequistas algumas reflexões no âmbito da família, das realidades que hoje se colocam não só à família mas também à Igreja.
Começou por citar João Paulo II quando ele disse: “à medida que a família cristã acolhe o Evangelho amadurece na fé, torna-se comunidade Evangelizadora”. Salientou a evolução que aconteceu ao nível das ciências e das tecnologias “desenvolveram-se tanto que acabaram por passar por cima dos princípios da ética e da fé” Enumerou algumas das dificuldades da família para viver a cultura da fé, como a falta de espiritualidade conjugal, diálogo e comunhão, a ausência dos pais na educação, a ditadura do relativismo, os valores familiares relativizados, os relacionamentos instáveis, número crescente de divórcios, o direito à liberdade colocado acima do direito à vida. Com tudo isto diversificam-se os estilos, os modelos e os tipos de família. O padre José António destacou o papel importante da família e da catequese, “têm a missão de educar para o amor, transmitir valores humanos e cristãos. Diante das ameaças do mundo, é preciso não perder a esperança, recorrendo ao diálogo e revendo muitas vezes os nossos métodos para educar os filhos”. Baseou-se depois na bíblia para nos mostrar como esta fala da família e nos mostra o sentido que Deus lhe deu. Citou João Paulo II quando ele disse: “Amar a família significa saber estimar os seus valores e possibilidades promovendo-os sempre. Amar a família significa descobrir os perigos e os males que a ameaçam, para poder superá-los”.
Referiu que “Evangelizar “crianças e adolescentes requer a mesma paciência que se tem, por exemplo, de ensiná-los à alimentação correta”. Interpelou e desafiou cada catequista a dar passos mais concretos, na relação entre catequese e família, como prioridade vendo a catequese como parceira educativa da família, na ordem da fé.
Depois do almoço seguiram-se visitas culturais (museu co Canteiro, Igreja Matriz, Museu Florentino Beirão). Às 17 horas aconteceu a celebração da Eucaristia, presidida pelo Sr. Bispo D. Antonino que lembrou a agradeceu a disponibilidade dos catequistas, a sua “nobre missão nas comunidades paroquiais onde servis a partir de Cristo, com Cristo, ao jeito de Cristo e em nome de Cristo”. Salientou ainda a vocação do catequista, vocação que “requer amor, Palavra vivida, testemunhada e transmitida com alegria, requer amor cada vez mais forte a Cristo e ao seu povo”. Depois foi o regresso às comunidades, agora mais enriquecidos e também com mais alento para continuar a sua missão.
Conceição Alves