A MÃE das mães

14-05-2014 19:14

Nossa Senhora traça-nos o caminho mais curto e mais seguro para nos acolhermos sempre sob a misericórdia de Deus. Foi há cerca de 300 anos que S. Luís Maria de Monfort (séc. XVIII) disse: «nós estamos entrando no tempo de Maria.»
Mas a verdade é que todo o tempo da humanidade tem sido tempo presente de Maria, porque prometida desde o Jardim do Éden, «predestinada desde toda a eternidade» (constituição dogmática Lumen Gentium – concílio vaticano II)
No Sermão 20- Natividade de Santa Maria, Santo Aelredo (séc. XII, abade) exorta-nos a louvar Nosso Senhor «n’Aquela em que Se fez a Si mesmo» e a aproximarmo-nos «da esposa de Deus, da sua mãe, da sua melhor serva. Tudo isto é Maria.»
“Filho, porque procedeste assim connosco? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura” (Evangelho de S. Lucas, 2, 48-49). Esta passagem mostra-nos como Maria Mãe de Jesus era mãe extremosa, genuína e afável educadora.
O conceituado psicólogo Augusto Cury qualifica Maria, a Mãe de Jesus como a maior educadora da História. E define-A como uma mulher corajosa, ousada e sem medos do risco, valente, genial, intuitiva e inteligente porque capaz de educar o ‘Filho de Deus’. E afirma Cury que Maria tinha «uma espiritualidade diferente da religiosidade da época, inclusive das gerações futuras…um dos pontos altos da espiritualidade de Maria era o respeito pelas diferenças.» Maria, foi assumidamente mãe intimista e confiante protectora do Seu Filho. Porque era profunda conhecedora da natureza humana e da divindade de Jesus. Maria foi na Terra Mestra do Amor a Deus (ver Magnificat) e “Mestra da entrega sem limites” (S. Josemaria Escrivà); na verdade, só quem nutria tão grande amor a Deus seria capaz de, sabendo-se Virgem, dizer aquele SIM ao Anjo do Senhor para se tornar templo vivo do Filho de Deus incarnado no seio da Mulher Redentora, por oposição a Eva.
Depois, Maria foi sempre uma Mãe presente e próxima do seu Filho Jesus, jamais o abandonando até O ver morrer na cruz do Gólgotha. E sempre fiel se manteve à Palavra de Cristo, até ser elevada em corpo e alma aos céus por uma legião de anjos de Deus.
Podemos pois qualificar Maria Mãe de Jesus como Mulher casta e pura – a Imaculada-, humilde, obediente e serva, de coração maternal maior que o de todas as mães, mulher e mãe fidelíssima a Deus e ao Seu Filho! E por extensão temos para nós, cristãos, Maria Nossa Mãe e Senhora, e Mãe e Mestra da Igreja! E porque assim é e acreditamos, a Ela recorremos e por Sua intercessão somos escutados e amados por Deus, pois «Nossa Senhora, como intercessora diante da Santíssima Trindade, é caminho seguro que sempre conduz a Deus» (D. Álvaro Portillo).
Confiadamente entregues ao Coração Imaculado de Maria, digamos a Maria a bela oração mexicana:

Doce Mãe, não te afastes
O teu olhar de mim não apartes,
Vem comigo a todo o lado
E só nunca me deixes.
Já que me proteges tanto
como verdadeira Mãe
Faz que me bendiga o Pai,
o Filho e o Espírito Santo.
Proença-a-Nova, 6 de Maio de 2014
Alfredo B Serra