A Moda no Feminino

30-01-2012 18:30

A mulher tem sido e continua a ser um símbolo de «beleza» e de «bom gosto».

Atribui-se ao sexo feminino a preocupação pelo detalhe, pelo pormenor. Esta faceta, ao contrário de ser uma futilidade, é uma mais-valia que enaltece a sociedade. Porque são os pormenores que permitem a criatividade e a diferenciação.

Esta realidade foi o que permitiu no mundo da moda, a projecção de grandes criadores, como Ives Saint Laurent, Madame Rochas, Coco Channel, Dior etc. Todos estes costureiros não se limitaram nem se limitam à alta-costura, antes a completam com a criação dos seus próprios perfumes, jóias e acessórios.

Quando surgiu o pronto-a-vestir, a moda democratizou-se e as colecções massificaram-se. Contudo, mesmo quando a moda é igual para todas, há sempre um acessório que lhe dá a individualização necessária, algo que ela tanto preza. Além disso, a mulher com personalidade e elegância, não se limita a ser «Maria vai com as outras», faz passar a moda em si pelo exigente filtro da moda em mim: selecciona o que lhe fica melhor e com critérios éticos também. Sim porque o vestuário não serve só para nos proteger do frio ou do calor. Protege ainda a intimidade de cada um, de intromissões alheias e inoportunas. Quem não respeita sua própria intimidade, não pode esperar grande respeito pela sua personalidade, já que prova não a ter ou querer respeitá-la. Para estar dentro dos parâmetros do bom gosto e da elegância, basta ser simples no modo de usar as peças. Não é preciso tecido a mais, nem, por maioria de razão, tecido a menos. Para tudo é preciso conta, peso e medida.

Fátima de Quadros – Jurista