Confissão - Terapia Divina

31-03-2015 11:57

Confessar é, de certa forma, fazer o papel de filho pródigo indo ao encontro do Bom Pastor. É empreender o caminho de volta ao lar, à casa do Pai, que sempre nos espera para, através do Sacerdote, fazer o que mais ambiciona e deseja: perdoar-nos, pois a Sua misericórdia é imensa e eterna.
A Cruz de Cristo remata na Ressurreição, por isso a Quaresma desemboca na Páscoa e o Sacramento da Confissão na alegria mais genuína e mais humana de um cristão.
Defeitos todos temos, é próprio dos homens, mas o mal está em pactuar com eles, em não os assumir para lutar e acabarmos por ceder, arranjando desculpas.
Nas questões espirituais tudo tem remédio, todas as doenças têm cura – e não são os que gozam de boa saúde que necessitam de médico, mas os doentes…
O carácter terapêutico e medicinal do Sacramento da Confissão faz com que a experiência do pecado não degenere em desespero nem mero sentimento de culpa mas desemboque num mundo de graça, de paz e de harmonia.
Voltar e recomeçar é sempre o lema da luta, pois o problema não está em cair, mas em levantar-se de imediato, em “reparar os estragos” e ajudar a alma a rejuvenescer para que, mais fortalecida, rejubile na alegria de poder partilhar dos benefícios divinos.
A Quaresma é, por excelência, o tempo oportuno para nos esmerarmos no encontro com Cristo, através da Penitência, e reiniciarmos o caminho de regresso ao “Paraíso Perdido”.
Maria Susana Mexia