Continuar a viver a Fé, Juntos e em família num caminho de esperança

04-12-2013 17:24

No domingo, 24 de novembro, a Igreja Católica uniu-se no mundo inteiro, de maneira especial ao Papa Francisco, no encerramento do Ano da Fé enquadrado na celebração da Solenidade de Cristo-Rei do Universo.
O Papa emérito Bento XVI foi quem proclamou o Ano da Fé, iniciado em 11 de outubro de 2012, quando se celebrava o cinquentenário da abertura do Concílio Ecuménico Vaticano II, data relevante para a vida e missão da Igreja na sua tarefa de fazer de todos discípulos e discípulas de Jesus. Esta data foi a escolhida para a abertura do ano da fé para assinalar os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica (CIC), que resumiu, de forma simples e segura a doutrina do Vaticano II. O Catecismo da Igreja Católica clarificou a interpretação dos dogmas e esclareceu os princípios e fundamentos da doutrina da Igreja, constituindo-se assim como precioso auxiliar e bússola do cristão num mundo onde fervem ideias novas, não perdendo de vista o que crê o cristão, como celebra essa fé, qual o comportamento dos discípulos de Cristo e qual o sentido e o modo de rezar dos fiéis.
O grande propósito deste Ano da Fé foi exatamente a oportunidade para um aprofundamento, compreensão e vivência da fé como experiência de encontro pessoal com Jesus, o Único que pode dar à vida, de maneira duradoura, um novo horizonte e, como afirmou o Papa Bento XVI, na sua Carta Encíclica ‘Deus é Amor’, uma direção decisiva na vida de cada pessoa.
Agora que encerramos o Ano da Fé, importa nunca perder de vista as verdades da Fé que sustentam e motivam a caminhada da Igreja. Ainda ouvimos o cântico que acompanhou e marcou o ritmo do Círio do Ano da Fé circulando pelas ruas, igrejas e dezenas de capelas da Unidade Pastoral Proença-a-Nova (Cardigos, Peral, Proença-a-Nova e São Pedro do Esteval):
Sim, eu quero que a luz de Deus que um dia em mim brilhou; Jamais se esconda, e não se apague em mim o Seu fulgor; Sim, eu quero que o meu amor ajude o meu irmão A caminhar guiado pela mão, em Tua lei, em Tua luz Senhor.
Concluída a vivência do ano da fé, importa mais do que nunca dar corpo e vida a este compromisso para manter a chama viva. Sim, porque a luz da fé permite lidar com questões que estão inevitáveis e inexoravelmente no horizonte da existência humana: Quem sou eu? De onde venho e para onde vou? Porque existe o mal? O que existirá depois desta vida?
Somente a fé permite lidar com o mistério que estas interrogações tocam, proporcionando uma compreensão coerente. Sim, porque a luz da Fé impele a amar o próximo independentemente da situação em que a pessoa se encontra, só a Vida na Fé em Cristo nos dá a luz e o discernimento que garantem a felicidade na Terra para alcançar a paz celestial na eternidade: «Eu vim ao mundo como luz, para que todo o que crê em Mim não fique nas trevas» (Jo 12, 46).
Com a celebração da solenidade de Cristo Rei, coroamento do Ano Litúrgico e encerramento do Ano da Fé vivido em 2012-13 em todas as capelas e igrejas matrizes da Unidade Pastoral de Proença-a-Nova, muitas famílias integraram o “ano da fé” nos seus calendários e ritmos diários. Na celebração do encerramento do Ano da Fé em Dia de Cristo Rei, com o gesto “A família nos caminhos de fé acende uma vela” estabelecemos a ponte de ligação para o novo Ano Litúrgico e Pastoral. Não deixemos, então, apagar esta luz da fé que, porventura, se acendeu ou reacendeu! Importa agora “Viver a fé em família, na família e com a família como parte da comunidade.”
O Senhor nos dê a graça de manter a cessa a luz da fé, para juntos percorremos um caminho de esperança!

Pe. Ilídio Graça