Em busca da paz perdida

27-01-2015 18:38

Submersos num quotidiano cada vez mais agitado e intranquilo, longe vão as possibilidades e as capacidades para podermos viver num clima de paz.
Porém, porque as águas estão agitadas, é que se torna necessário partir em busca da paz perdida.
Não me refiro à paz no mundo, façanha demasiado grande e complexa para a nossa pequenez, mas sim à reconquista da paz no nosso coração.
Este passo gigante, ao contrário de parecer uma atitude egoísta não é, pois só com a sua posse poderemos ajudar eficazmente ou outros: “ Adquira a paz interior e uma multidão encontrará a salvação ao seu lado”, dizia S. Serafim de Sarov, um monge eremita do século XIX.
É bom de ver que esta paz interior é fruto de muita oração, pois Deus é o Deus da paz, só fala e age no meio da tranquilidade e não na confusão ou na agitação: “é o Deus que se revela no murmúrio de uma brisa ligeira”.
Para ser mais clara deixo ao leitor a seguinte imagem: “ Imagine um lago em cuja superfície o sol brilha. Se as águas estiverem serenas e tranquilas, o sol reflectir-se-á nelas. Pelo contrário, se a superfície do lago estiver agitada, com ondas varrida por ventos, a imagem do sol não poderá projectar-se nela”.
O mesmo acontece na nossa alma. Quanto mais tranquila e serena estiver mais Deus se reflectirá em nós.
O homem não pode viver numa paz duradoura e profunda se está longe de Deus ou se a sua vontade não está orientada para Ele: “Fizeste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração não descansa enquanto não descansar em Ti”, palavras tão actuais de S. Agostinho.
Medite nelas e parta em busca da paz perdida…
Maria d´Oliveira