LIBERDADE DE ESCOLHA, CLARO!

04-12-2013 17:27

Escolas públicas ou privadas, eis a questão! Naturalmente que a opção cabe única e exclusivamente aos pais e encarregados de educação, de acordo com o seu projecto educativo pessoal, vocacional ou outros.

Em cada agregado familiar haverá um desejo acalentado para o futuro dos seus filhos, urge que se facilite a sua concretização com uma oferta mais alargada de hipóteses de escolha, de realização de sonhos e objectivos, com liberdade e qualidade, sempre marcas indeléveis dos estados democráticos.

Modelo único é sinónimo de tirania, imposição, limitação e convite à pequenez. Variados são os planos pessoais, as capacidades, as necessidades, os valores e os credos. Impor é uma violência castradora, oferecer várias escolhas significa, tão só, cada um poder eleger o modelo com o qual se identifica, se sente integrado, mais pessoal, mais seu e, logo também, mais concretizável, na medida em que poder optar implica responsabilidade, participação e envolvimento de quem procura o caminho correcto para a sua realização pessoal, humana e profissional, num todo indispensável a qualquer cidadão.

O novo estatuto do ensino particular e cooperativo vem não só reforçar estas possibilidades, com também criar uma necessária empatia com o modelo livre e conscientemente escolhido pelos interessados, indo ao encontro dos seus desejos e objectivos, quer seja uma escola pública ou privada, não importa.

Qualidade na diversidade poderá ser uma aposta inteligente na construção duma aprendizagem formadora de caracter, de profissionalismo, de humanismo, de companheirismo e de partilha numa sociedade tão carente destas vertentes.

Escolhas conscientes, coerentes e adequadas farão mais felizes as famílias e os alunos o que, naturalmente, se irá reflectir em toda a malha social, que se tornará mais consciente do seu dever a cumprir e empenhada na construção duma sociedade democrática, livre e pluralista que necessita de todos para poder evoluir.

E quem sabe se o remédio para o insucesso escolar não passa mesmo por aí: escolher para ser, optar para concretizar, colaborar para realizar.

 

 

Maria Susana Mexia – Professora de Filosofia