Missão e Compromisso do Cristão

04-12-2013 17:20

Todos os anos a Igreja celebra no penúltimo domingo de outubro o dia mundial das missões. As celebrações litúrgicas deste mês são embelezadas pelas memórias e figuras dos santos Apóstolos Simão e Judas e do Evangelista Lucas, pelas memórias de santos e santas, nomeadamente Teresinha do Menino Jesus, Francisco de Assis, Inácio de Antioquia e muitos outros santos mártires, e sugerem modelos e criatividade para a missão da nossa Igreja. Desafiam e entusiasmam os batizados, os homens e as mulheres de boa vontade a comunicar o Evangelho dentro das realidades, com coragem e afinco. Esta missão “é um dever que brota do próprio ser discípulo de Cristo e um compromisso constante que anima toda a vida da Igreja”, diz o Papa Francisco.
O Dia Mundial das Missões, que neste ano celebramos no dia 20 de outubro, foi uma criação do Papa Pio XI em 1926. É uma oportunidade para sentirmos a vocação missionária da Igreja e acima de tudo para experimentarmos a universalidade que é própria da Igreja, sem particularismos nem exclusivismo. Aliás, o Papa Paulo VI invocou esta criação como uma “Genial intuição de Pio XI”, e “Um grande acontecimento na vida da Igreja” sendo “Uma oportunidade de fazer sentir a vocação missionária à Igreja, aos nossos irmãos no episcopado, ao clero, aos religiosos e religiosas e a todos os católicos.
O papa Francisco, em sua mensagem para o Dia Mundial das Missões 2013, declara: Cada comunidade é interpelada e convidada a assumir o mandato, confiado por Jesus aos Apóstolos, de ser suas «testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo» (Act 1, 8); e isso, não como um aspeto secundário da vida cristã, mas um aspeto essencial: todos somos enviados pelas estradas do mundo para caminhar com os irmãos, professando e testemunhando a nossa fé em Cristo e fazendo-nos arautos do seu Evangelho”.
Importa recordar que as qualidades pessoais e os bens materiais não são suficientes para garantir a esperança da qual o coração humano está em busca constante. Convém também dizer que uma das consequências principais do esquecimento de Deus é a evidente desorientação que marca as nossas sociedades, com consequências de solidão e violência, de insatisfação e perda de confiança que não raro terminam no desespero. O homem que esquece Deus fica sem esperança e torna-se incapaz de amar seu semelhante.
Diante desta situação deplorável, o Papa Francisco detém-se sobre os muitos desafios da evangelização e encoraja todos a levar ao homem do nosso tempo “a luz segura que ilumina o seu caminho e que somente o encontro com Cristo pode dar”. Portanto, urge testemunhar a presença de Deus para que todos possam experimentá-la: está em jogo a salvação da humanidade, a salvação de cada um de nós. Qualquer pessoa que entenda essa necessidade, não poderá deixar de exclamar com São Paulo: «Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho» (1 Cor 9,16).
Pe. Ilídio Graça