Pensamentos Existenciais VII - 9 - A Natureza e a Criação
O Homem é um ser complexo da Natureza e da Criação!
Esta afirmação contém matéria vasta de reflexão e pode suscitar a indiferença de pessoas que não querem aprofundar a razão do existir e dúvidas a outras que, tendo o hábito de pensar, põem em causa os problemas místicos e transcendentais da Existência.
Ser um elemento da Natureza, é óbvio porque existimos. Mas, simultaneamente, ser um elemento da Criação, introduz, na análise, um dado novo que está para além das imagens reais e da natureza biológica do Homem!
Quem tem Fé acredita por simples impulso de gratidão e por vontade do seu espírito; outros, porém, exigem o aprofundamento das razões e o apoio das Ciências e da Lógica.
No entanto, não é fácil seguir as razões do Pensamento até às probabilidades lógicas da Criação.
Para se chegar a uma conclusão aceitável, o investigador precisa ser isento, libertar-se dos preconceitos do ateísmo e admitir a Influência Superior e Divina que dá sentido à Vida.
As investigações científicas, em questões metafísicas, chegam sempre à conclusão do não entendimento e do não saber do Homem.
Assim, podemos concluir que a Ciência é um saber incompleto que não é capaz de dar respostas satisfatórias aos fenómenos místicos e espirituais.
Acresce, ainda, que o nosso espírito comporta uma natural e irremediável inferioridade, inerente à própria condição humana!
Resta-nos, pois, recorrer às probabilidades lógicas da Criação e procurar entender as razões místicas da Existência.
Depois de ponderarmos as hipóteses mais prováveis, chegaremos à conclusão que a Existência só faz sentido se atribuirmos ao Homem a natureza espiritual necessária para admitir o Transcendental e o Divino e desempenhar a missão reveladora no seio da Criação.