Pensamentos Existenciais VII
15 – A modéstia das pessoas simples
Consideram-se pessoas simples as que, não tendo frequentado altos estudos e escolas superiores dedicadas à estruturação do Conhecimento, possuem, contudo, a experiência da vida, o reconhecimento das suas limitações e a humildade de suas dúvidas e incertezas.
Certamente que ficarão admiradas ao saber que pessoas doutoradas e evoluídas põem em dúvida o próprio Conhecimento e em causa a capacidade de pensar!
Debatem-se argumentos, contrapõem-se teorias, invocam-se razões distintas... e chegam à conclusão de não terem concluído coisa alguma!
Será, então, Tudo um contra-senso?
- Não! É, apenas, uma grande confusão, muitas vezes premeditada!
Na verdade, quando se pretende confundir Matéria com Espírito e o Natural com o Existencial, não é possível chegar a um consenso e a um perfeito entendimento!
Põem em dúvida o Conhecimento quando reconhecem a impossibilidade de adquirir Verdades Divinas; contestam a capacidade de pensar por chegarem à conclusão de não serem compreensíveis as razões da Criação; negam a Existência de Deus quando não podem vê-Lo nas suas experiências laboratoriais!...
É evidente que a ambição desmedida de Tudo esclarecer, de falsas intenções e de convicções duvidosas e perversas, só poderão trazer, como consequência, esperanças impossíveis, desilusões mentais e a angústia do existir!...
Portanto, enquanto os cientistas insistirem na pretensão de ascender e dominar o que é oculto e místico, chegarão sempre à conclusão do não saber do Homem e do não entendimento.
Assim, as pessoas simples, na sua modéstia, estarão mais próximas da Verdade, ao atribuir ao Homem o que é humano e a Deus o que é Divino e Transcendental!