Sínodo - Hora da Igreja

30-01-2012 18:31

a ser uma palavra comum. Aliás a “oração sinodal”, distribuída nas missas do primeiro dia de Janeiro nas paróquias de Peral, S. Pedro, Cardigos e Proença-a-Nova, para rezar também em família, leva os crentes, que vêem o dom da oração, a respirar o ar sinodal.

 No dia 5 de Outubro de 2011, na sé de Portalegre, D. Antonino Dias anunciou oficialmente o inicio do Sínodo diocesano. Subordinado ao tema “O dom está em ti”, o sínodo propõe  programar e concretizar uma renovação na diocese de Portalegre-Castelo Branco de maneira a ser, de verdade, uma Igreja celebrativa, evangelizadora e solidária segundo as linhas mestras do Evangelho. Ora, a realização e concretizar deste projeto, tal como está nos desígnios de Deus e tal como sonhamos, somente é possível se, desde já, todos os seus membros ( não só o Senhor Bispo e os sacerdotes) se entusiasmarem por acolher, abraçar e realizar todas as dinâmicas, etapas e propostas que forem sendo encontradas, sugeridas e refletidas ao longo do caminho.

Neste momento ou nesta segunda etapa da caminhada sinodal, a tónica está nos grupos sinodais. “De certo modo, o Grupo Sinodal representa a comunidade paroquial. Através dele, chegam à Assembleia Sinodal as reflexões, as aspirações e as propostas de ação pastoral de cada paroquia e de todas as paróquias da Igreja diocesana. Assim a riqueza da Assembleia Sinodal será fruto do contributo dado pelos cristãos do Grupo Sinodal” (guião temático). Nesta linha, o nosso Jornal, mediante a publicação mensal dos temas  e das respetivas questões do guião temático, desafia os nossos estimados leitores, impedidos de participar nos grupos, a manifestar o seu zelo profético. (Pag. 13).

Esta é a hora da Igreja, isto é, uma graça que se oferece como uma oportunidade para olharmos para a Diocese à luz  do Evangelho, à luz do amor que Deus nos tem, inspirando-nos os necessários caminhos de conversão e de mudança para a renovação, na esperança de uma verdadeira e autêntica comunhão.

Uma vez que o sínodo é uma iniciativa e um projeto de conversão comunitária, que parte da realidade que somos e que vivemos e de uma reflexão crítica sobre a situação concreta; uma vez que esta conversão comunitária e necessária tem uma referência  e um ideal a atingir e a construir: comunhão de todos e com todos os batizados. Impõem-se duas atitudes: a oração e o estudo. A oração porque é construção do reino de Deus pela ação do Espirito Santo que atua em nós e nos move a perceber os “sinais dos tempos” e a perscrutar neles a vontade de Deus para a Igreja que somos e para a sociedade à qual somos enviados. Ao estudo porque nos devem ser familiares “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos mais pobres e de todos aqueles que sofrem.

Porque estamos a caminho e queremos chegar, urge, reavivar o dom de Deus que esta em nós.

P. Ilídio Graça