Encontro de final de ano dos catequistas

Realizou-se, no dia 21 de Junho, o encontro/reflexão de final de ano dos catequistas das paróquias de Proença-a-Nova, S. Pedro do Esteval, Peral e Cardigos. O encontro teve lugar no Seminário do Preciosíssimo Sangue e iniciou-se com uma hora de adoração ao Santíssimo Sacramento, seguida de um momento importante de reflexão baseada no Discurso do Papa Francisco aos catequistas que foram a Roma em Peregrinação por ocasião do Ano da Fé e do Congresso Internacional da Catequese.


“Igreja sem Catequese não é Igreja”, referia o Sr. Padre Ilídio no início da nossa reflexão, salientando a extrema importância da catequese nas paróquias e agradecendo o facto de termos aceite este desafio. Na sua opinião a falta de participação e empenho dos cristãos de hoje na Igreja deve-se à falta de conhecimento, à ignorância sobre a vida de Jesus Cristo, da sua mensagem, do Seu Amor por nós, pois, dizia-nos o padre Ilídio, “quem conhece Cristo não consegue ficar sem ser Igreja, sem se comprometer com o Senhor”.
Nas palavras do Papa Francisco “ser catequista é uma vocação e a catequese constitui uma coluna para a educação da fé que é a melhor herança que podemos deixar a alguém”. Por isso, o Papa lembra aos catequistas que “ser catequista requer Amor, Amor cada vez mais forte a Cristo, Amor ao Seu povo santo. E este Amor não se compra nas lojas… este Amor vem de Cristo! E nós devemos recomeçar de Cristo, deste Amor que Ele nos dá”. E o Papa continua, no seu discurso, a fazer catequese para os catequistas mas que é para todos nós e por isso o escrevo nestas páginas. Diz-nos ele que “recomeçar de Cristo significa cultivar a familiaridade com Ele… Recorrendo à imagem da videira e dos ramos, Jesus diz: Permanecei no meu amor, permanecei ligados a mim, como o ramo está ligado à videira. Se estivermos unidos a Ele, continua o Papa, podemos dar fruto e esta é a familiaridade com Cristo. É permanecer em Jesus! Permanecer ligados a Ele, dentro d’Ele, com Ele, falando com Ele…”.
Mas para o Papa “recomeçar de Cristo” não é só isto. Recomeçar de Cristo significa também “imitá-Lo na saída de si mesmo para ir ao encontro do outro… Quem coloca Cristo no centro da sua vida, descentraliza-se! Quanto mais te unes a Jesus e Ele se torna o centro da tua vida, tanto mais Ele te faz sair de ti mesmo, te descentraliza e abre aos outros. Este é o verdadeiro dinamismo do Amor, este é o movimento do próprio Deus!”
Para o Papa Francisco, continuando a sua catequese, este “recomeçar de Cristo” tem mais uma vertente. É que, para ele, “recomeçar de Cristo significa não ter medo de ir com Ele para as periferias… não ter medo de sair dos nossos esquemas para seguir a Deus, porque Deus vai sempre mais além… Acolhe-nos, vem ao nosso encontro, compreende-nos… Nisto está o nosso encanto e a nossa força: se formos, se sairmos para levar o Seu Evangelho com Amor, com verdadeiro espirito apostólico, com franqueza, Ele caminha connosco, precede-nos… Ele já está lá: Jesus espera-nos no coração daquele irmão, na sua carne ferida, na sua vida oprimida, na sua alma sem fé”.
E foi assim, final de tarde de oração, de encontro com Cristo, de aprendizagem, que nos permitiu refletir e analisar o ano catequético que está a findar e nos inspirou na elaboração de novas propostas para o futuro mais próximo da catequese nas nossas paróquias. Iluminados e fortalecidos pelo Espírito Santo, pedimos ao Senhor que nos ajude a continuar a nossa missão. Que sejamos incessantemente capazes de “Recomeçar sempre de Cristo”!
Catequista Margarida Alves