Reflexões

Pensamentos existenciais

24-02-2012 15:23

19 – A complexidade do conhecimento

O problema do Conhecimento faz parte integrante da Vida. Por isso tem evoluído de acordo com as várias civilizações da Humanidade.

À maneira que avançamos no Tempo, o Conhecimento torna-se mais vasto e complexo. O conhecimento moderno avança de tal modo que investigadores e cientistas se confessam incapazes de o acompanhar na sua globalidade!

As pessoas comuns têm acesso ao Saber através das investigações dos cientistas e das deduções dos filósofos e, por isso, dependentes dos seus estudos e conclusões.

Porém, convém seleccionar as fontes donde provêm os esclarecimentos e, sobretudo, avaliar as ideologias que estão subjacentes nas teorias tendenciosas e nos falsos métodos filosóficos!

Infelizmente, em todas as actividades humanas, há sempre quem subverta a Verdade e dê primazia aos seus interesses e convicções, em desfavor da Ética e do Dever!

Neste caso, em vez de simplificarem e contribuírem para a aquisição do Conhecimento, tornam-no mais confuso e transformam-no, em muitos casos, em verdadeira tragédia intelectual para todos!

No entanto, a complexidade desaparece, se colocarmos o problema em termos simples e acessível a toda a gente.

Podemos dividir o Saber em duas partes distinta: o saber exacto ou científico e o saber especulativo ou filosófico.

O saber exacto é adquirido através de estudos e investigações e é acessível à nossa racionalidade; o saber especulativo serve-se do Pensamento, é formado por mistérios e conjecturas e está sujeito a deduções prováveis ou filosóficas.

Assim, todo o conhecimento é incompleto, todas as obras inacabadas, todos os pensamentos imperfeitos!

Mas, se esperássemos até que fosse possível chegar à perfeição da Verdade Absoluta, esperaríamos eternamente!...

Prof. Fernando Santiago Domingos

 

Sínodo - Hora da Igreja

30-01-2012 18:31

a ser uma palavra comum. Aliás a “oração sinodal”, distribuída nas missas do primeiro dia de Janeiro nas paróquias de Peral, S. Pedro, Cardigos e Proença-a-Nova, para rezar também em família, leva os crentes, que vêem o dom da oração, a respirar o ar sinodal.

 No dia 5 de Outubro de 2011, na sé de Portalegre, D. Antonino Dias anunciou oficialmente o inicio do Sínodo diocesano. Subordinado ao tema “O dom está em ti”, o sínodo propõe  programar e concretizar uma renovação na diocese de Portalegre-Castelo Branco de maneira a ser, de verdade, uma Igreja celebrativa, evangelizadora e solidária segundo as linhas mestras do Evangelho. Ora, a realização e concretizar deste projeto, tal como está nos desígnios de Deus e tal como sonhamos, somente é possível se, desde já, todos os seus membros ( não só o Senhor Bispo e os sacerdotes) se entusiasmarem por acolher, abraçar e realizar todas as dinâmicas, etapas e propostas que forem sendo encontradas, sugeridas e refletidas ao longo do caminho.

Neste momento ou nesta segunda etapa da caminhada sinodal, a tónica está nos grupos sinodais. “De certo modo, o Grupo Sinodal representa a comunidade paroquial. Através dele, chegam à Assembleia Sinodal as reflexões, as aspirações e as propostas de ação pastoral de cada paroquia e de todas as paróquias da Igreja diocesana. Assim a riqueza da Assembleia Sinodal será fruto do contributo dado pelos cristãos do Grupo Sinodal” (guião temático). Nesta linha, o nosso Jornal, mediante a publicação mensal dos temas  e das respetivas questões do guião temático, desafia os nossos estimados leitores, impedidos de participar nos grupos, a manifestar o seu zelo profético. (Pag. 13).

Esta é a hora da Igreja, isto é, uma graça que se oferece como uma oportunidade para olharmos para a Diocese à luz  do Evangelho, à luz do amor que Deus nos tem, inspirando-nos os necessários caminhos de conversão e de mudança para a renovação, na esperança de uma verdadeira e autêntica comunhão.

Uma vez que o sínodo é uma iniciativa e um projeto de conversão comunitária, que parte da realidade que somos e que vivemos e de uma reflexão crítica sobre a situação concreta; uma vez que esta conversão comunitária e necessária tem uma referência  e um ideal a atingir e a construir: comunhão de todos e com todos os batizados. Impõem-se duas atitudes: a oração e o estudo. A oração porque é construção do reino de Deus pela ação do Espirito Santo que atua em nós e nos move a perceber os “sinais dos tempos” e a perscrutar neles a vontade de Deus para a Igreja que somos e para a sociedade à qual somos enviados. Ao estudo porque nos devem ser familiares “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos mais pobres e de todos aqueles que sofrem.

Porque estamos a caminho e queremos chegar, urge, reavivar o dom de Deus que esta em nós.

P. Ilídio Graça

A Moda no Feminino

30-01-2012 18:30

A mulher tem sido e continua a ser um símbolo de «beleza» e de «bom gosto».

Atribui-se ao sexo feminino a preocupação pelo detalhe, pelo pormenor. Esta faceta, ao contrário de ser uma futilidade, é uma mais-valia que enaltece a sociedade. Porque são os pormenores que permitem a criatividade e a diferenciação.

Esta realidade foi o que permitiu no mundo da moda, a projecção de grandes criadores, como Ives Saint Laurent, Madame Rochas, Coco Channel, Dior etc. Todos estes costureiros não se limitaram nem se limitam à alta-costura, antes a completam com a criação dos seus próprios perfumes, jóias e acessórios.

Quando surgiu o pronto-a-vestir, a moda democratizou-se e as colecções massificaram-se. Contudo, mesmo quando a moda é igual para todas, há sempre um acessório que lhe dá a individualização necessária, algo que ela tanto preza. Além disso, a mulher com personalidade e elegância, não se limita a ser «Maria vai com as outras», faz passar a moda em si pelo exigente filtro da moda em mim: selecciona o que lhe fica melhor e com critérios éticos também. Sim porque o vestuário não serve só para nos proteger do frio ou do calor. Protege ainda a intimidade de cada um, de intromissões alheias e inoportunas. Quem não respeita sua própria intimidade, não pode esperar grande respeito pela sua personalidade, já que prova não a ter ou querer respeitá-la. Para estar dentro dos parâmetros do bom gosto e da elegância, basta ser simples no modo de usar as peças. Não é preciso tecido a mais, nem, por maioria de razão, tecido a menos. Para tudo é preciso conta, peso e medida.

Fátima de Quadros – Jurista

Mega, mega contente!

30-01-2012 18:30

Palavra que fiquei deveras contente, direi mesmo, mega contente, quando descobri que ainda tenho capacidade para me surpreender com algumas atitudes, o mais possivelmente imprevistas, em qualquer horizonte de lucidez humana.

Depois de alguns anos de vida, em tempos de ditadura, primavera marcelista e 25 de Abril, com muitas alternâncias, barbaridades e outras infelicidades afins, eu julgava que já nada na minha vida e no mundo me podiam surpreender.

Passei um Maio de 68, verdade seja dita, mais no Louvre, no Jeu de Paume ou no Pere Lachaise, do que naquelas “coisas de rua”que eram muita agitação para a minha pobre cabeça. Os comícios e as manifestações apanhavam-me sempre numa esplanada bem longe do acontecimento, de preferência com boa paisagem e um livro de poesia entre as mãos. Manias, defeitos ou qualidades, depende da forma como forem vistas, mas a opção era minha.

Ditaduras, democracias, viragens à esquerda ou à direita, nunca impediram a minha vida de seguir em frente, guiada pelo objectivo que me propus e pelo destino existencial que elegi para o meu próprio eu.

Aqui confesso que concordo com Sartre: estava condenada à liberdade e escolhendo, escolhi-me, tal como decidi ser e ficar a ser, na essência da minha mortal e inevitável existência. Nem ventos, nem marés me arrastaram, o meu GPS funcionava tal qual eu queria, pois era regulado por mim e para mim.

Fui sempre vendo, ouvindo e lendo, concordando ou combatendo consoante a minha bitola de valores, essa bússola que me foi dada no leite materno, considerando que na época não havia cerélac nem outras papinhas de bebé.

Ora assim, estava eu pacificamente instalada na vida, quando sou abanada por um abalo telúrico maior do que a própria crise, ou talvez, consequência dela - os nossos grupos par(a)lamentares estavam em excitada discussão sobre um tema de fundo, muito amplo, pertinente, adequado e necessário: Barrigas de aluguer!

Barriga de aluguer é a expressão de um processo de reprodução artificial em que uma mulher cede o seu útero, para que nele seja implantado um óvulo já fecundado, comprometendo-se a gerar uma criança e a entregá-la no final da gestação, à dadora do óvulo ou a uma terceira pessoa que lhe encomenda tal gestação.

Fiquei perplexa, será que vai haver senhoras com um A desenhado na barriga? Será que vão ter um local próprio para estacionar, tal como os carros de aluguer?

Qual será a empresa que vai gerir estes casos, pois, independentemente de haver ou não dinheiro envolvido neste processo, o certo é que se trata de um contrato com direitos e encargos para ambas as partes. Por isso estamos perante um verdadeiro negócio, cujo objecto é uma criança.

Barrigas de aluguer foi uma moda que caiu em desuso em alguns países, nomeadamente, no Estado Unidos da América, consequência dos vastos e complexos casos judiciais trazidos a público, onde mães (de aluguer) na hora do parto dizem – este filho é meu – e não o entrego…; casais que confiantes em contratos muito bem elaborados por advogados, pagos a peso de ouro, se vêem chantageados no final, para que lhes seja entregue aquela criança em quem tanta esperança depositaram, para não referir as consequências emocionais, psíquicas e afectivas, enfim um rol de instabilidade sem fim à vista.

Nas Américas dos filmes sabemos que tudo é possível, mas aqui neste cantinho do céu à beira mar plantado, teve um impacto sísmico deveras abalador e revelador de que algo de preocupante se está a passar…

Direitos e Dignidade da Mulher, sentido de Maternidade, Afecto, Amor, Estabilidade Emocional, Lar, Família serão vocábulos que já não fazem parte do novo acordo ortográfico?

Esta será mais uma das leis da “Ideologia de Género” que pretende desvincular a mulher da maternidade, porque só assim esta será mais livre e igual, pois não respeitando a natureza humana cada vez mais o homem fica liberto de amarras e escravo de si próprio, das ideologias e em última instância do poder cientifico, económico e político?

Aristóteles (filósofo grego do século IV aC), definiu o homem como um ser racional, espiritual e social. Mas, com a evolução dos tempos, de perversão em perversão, vão-se legalizando todo o tipo de aberração ou degeneração jamais sonhadas ou pensadas.

Regressão da espécie? Talvez, pois seguindo o raciocínio de nosso estagirista, se não se desenvolvem as qualidades racionais e espirituais no sentido da excelência humana, o homem bestializa-se, degrada-se e aniquila-se.

Para além do meu jovial contentamento em me surpreender, recordei ainda uma frase de André Malraux, escritor e filósofo francês (1901 – 1976) que a minha memória há muito retinha e da qual nunca se alheou:

“Se não encontrar um valor supremo dentro de cinquenta anos, a nossa civilização que se acredita ser uma civilização da ciência, tornar-se-á uma das mais submissas aos instintos e aos sonhos elementares que o mundo já conheceu, por lhe faltar uma espécie de alimento espiritual que tenha domínio sobre o poder científico do homem moderno. Está claro, agora, que a ciência é incapaz de ordenar a vida. Uma vida é ordenada por valores”.

Moral da história: não há nada como uma mega patetice para nos abanar, acordar da tranquilidade apática com que sonhamos viver e recordar que houve um passado, há um presente e haverá um futuro sempre a construir e nunca a promiscuir.

Maria Susana Mexia

 

Barrigas para alugar? Não obrigada…

30-01-2012 18:28

A gravidez é sem dúvida um periodo diferente, diferente porque pode ser especial, pode ser bonito, mas também pode ser horrendo, pode despertar o lado mais belo e emotivo da mulher, mas também o seu lado mais neurótico. A mulher pode sentir-se a mais bela de sempre, ou a mais feia à face da terra! Seja como for é um periodo potencial crítico, envolto numa miscelânia de emoções, desejos e pensamentos, ansiedades e frustrações, prontas a fazer manifestações constantes, umas mais pacíficas, outras mais animadas. Tudo isto culpa do nosso lado “psi”, claro!

O nosso psíquico é uma coisa extraordinária, foge ao nosso controle - como diz o povo, “como o diabo foge da cruz” - e apresenta-nos uma série de partidas ao longo da vida, mas mais ainda, ao longo destes períodos potencialmente críticos como é o caso da gravidez. Eu que o diga, que já passei por 4. e mesmo com os conhecimentos técnicos “todos” e prevendo uma série de situações, não consegui escapar ao terrível “psíquico e seus fantasmas”.

Ora felizmente ainda somos todos seres humanos, e por isso limitados pela nossa humanidade. Faz parte desta mesma uma incapacidade em controlar muitas emoções, muitos pensamentos, muitos desejos, medos, angústias e sentimento,s e por isso mesmo é diferente alugarmos a nossa casa de férias, o nosso carro, ou alugarmos a nossa barriga. Não é possível, do ponto de vista mental, ser este um aluguer pacífico, não é possível de forma serena para os egos dos envolvidos, já para não falar nos “super-egos” de cada um.

É urgente descermos todos à terra e constatar que não há mecanismos de defesa que resistam a tamanha trapalhada.

Outros países já nos mostraram os acontecimentos consequentes desta prática assustadora, mães que alugam a sua barriga e depois sentem o filho como seu e não querem dá-lo, bebés que desenvolvem alguma deficiência e depois não são aceites por quem os encomendou por não virem “perfeitinhos”, estes são dois dos muitos exemplos de casos dramáticos das barrigas de aluguer.

Não menos importante a ter em conta é a saúde mental de quem decide alugar uma barriga alheia… se há esta decisão, há certamente uma incapacidade em ter filhos, um caso de infertilidade ou algo semelhante. Do ponto de vista psicológico, é muito diferente não querer ter filhos ou não poder ter filhos, e, mais uma vez, fantasmas psíquicos vêm, sem se esperar, ter com quem, normalmente, já se encontra em grande sofrimento interno. Não é por se desejar muito ter um filho que se aceita e ama pacificamente um que cresceu numa barriga de alguém que se contratou. Estes são processos muito complicados do ponto de vista psicológico, e que têm muito de involuntário. Sem querer e sem esperar, quem decide alugar uma barriga, vai confrontar-se com pensamentos, frustrações, sentimentos e afins que não esperava.

Resta-me por último, mas não menos importante, referir o mais indefeso em todo o processo: no meio de tudo isto há um bebé, um novo ser que não pediu para nascer, que durante 9 meses convive com uma voz, partilha um espaço, sente muitas das sensações e emoções de alguém que vai simplesmente desaparecer naquele momento em que ele tanto precisa de ser amado e cuidado.

Do negócio e dos lucros, muito mais há para contar, mas isto basta para já…

Alexandra Chumbo - Psicóloga Clínica

Pós – Graduada em Psicologia da Gravidez

e da Parentalidade

Futuro em Saldos

30-01-2012 18:27

Motivo haverá para que, de quatro em quatro anos, uns quantos milhões de boletins sejam convictamente preenchidos com rabiscos vulgares em forma de cruz. Mas se a simplicidade desses traços concorrentes é notória, a conotação de consciente liberdade e dever que lhe são inerentes parece ser esquecida. Cómoda, melancolicamente esquecida.

Uma visão exterior aos problemas, o reservar atónito das palavras é, de facto, confortavelmente mais nítido. E o argumento natural faz-se por força ouvir: aprovaram alhos e bugalhos no parlamento, sem que a voz da sociedade fosse sequer escutada…Sem dúvida uma realidade espelhada nestes instantes presentes a que placidamente se assiste, como programa televisivo que turva audiências à medida de interesses estritamente económicos. Ora estes dados, tomando-os por verdadeiros, induzem a um ciclo de consequências nefastamente comuns que em parte explicam o paradigma actual.

Enquanto outras problemáticas de índole social se agravam um pouco por todo o mundo, nomeadamente com o alastrar do desemprego e a escassez de apoios justos e efectivos, os holofotes dos media aparecem magistralmente voltados a outros palcos. Em cena só há lugar ao monólogo da metamorfose de valores tradicionais imprescindíveis, como seja a alteração dos códigos morais no seio da família.

Em teoria, impunha-se o virar de rumo com vista à concretização de ideais universalmente tidos com certos. Contudo a aparente e generalizada apatia relega as alternativas políticas para um plano secundário, falso merecedor de confiança e raso em propostas credíveis.

Lei alguma obriga ao permanecer, estático e inerte, em face à rotação previsivelmente constante de uma força maior. Um boletim, uma regra ou qualquer nova medida deve respeitar todos os indivíduos envolventes, envolvida a responsabilidade de todos. O valor da vida não é questionável segundo meses do ano, séculos ou gerações. Segue o tempo, os ideais como unidade em constante crescendo: o futuro, enquanto grandeza, não está em saldos.

Carolina Duarte

Pensamentos Existenciais VII

30-01-2012 18:27

17 – A Filosofia e a Ciência

Pretendemos, ainda, desmascarar as ideologias perversas de cientistas ateus que têm a pretensão de Tudo esclarecer. E, para isso, não necessitamos mais que das suas próprias palavras:

-”Há especulação na actividade científica e desprezo pela experimentação por parte da Filosofia”!

Por esta afirmação se verifica que a Ciência, se especula, sai do seu campo natural de actuação e lança-se com verdadeira loucura na especulação, na ânsia de esclarecer os problemas do Espírito. E, como diz um investigador: “quanto mais progride, mais transgride!...”

Por outro lado, a Filosofia, ao desprezar a experimentação, só revela bom-senso, por reconhecer que a investigação científica é matéria que diz respeito à Ciência e não a especulações filosóficas.

Há uma barreira natural intransponível entre o conhecimento das ciências exactas e as teorias filosóficas, embora tenham existido, ao longo  dos tempos, grandes cientistas que foram também filósofos e filósofos de nomeada que foram cientistas eméritos!

Mas isso não significa que não distinguissem uma actividade da outra – foram cientistas quando realizaram as experiências para as suas descobertas e filósofos quando especularam sobre as razões da Existência.

Nada impede que o Homem possa ter duas actividades diferentes e utilize o génio da sua racionalidade para atingir os objectivos de cada uma. Só que, se quiser ser coerente consigo próprio e fiel ao rigor do Conhecimento, não poderá especular enquanto cientista nem pretender utilizar o laboratório nas suas conclusões filosóficas!...

Devemos, então, concluir que a Ciência e a Filosofia são ciências distintas do Saber, perfeitamente inconciliáveis e independentes.

A Ciência observa e investiga os fenómenos da Natureza, utiliza a experimentação e inventa processos e transformações no domínio da Matéria; a Filosofia serve-se da especulação e da Lógica e debruça-se sobre as razões do Espírito e da Existência.

Como dizia um célebre pintor: “não vá o sapateiro além da chinela”! Ou, no dizer dos nossos irmão brasileiros: “cada macaco no seu galho”!

Santo Natal, para todo o ano!

26-12-2011 10:46

O Anjo disse (aos pastores e a cada um de nós no hoje da salvação): “Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo: “hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor” (Lc 2,10-11). Sim, Jesus, o Salvador, nascido fisicamente há cerca de dos mil anos, é a causa principal da nossa alegria. E torna-se realmente e verdadeira alegria no hoje da minha e da tua vida, da minha e tua família ou comunidade porque como Maria, dizemos: “Eis a serva ou servo do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”.

Como muitos homens e mulheres crentes e não crentes tomamos a forma habitual empregada nestes dias:”Feliz natal”! Sim, porque o Natal de Jesus é festa de alegria. Se no Advento vivemos e certamente sentimos a alegria da esperança do cumprimento da promessa, no Natal vivemos o maravilhoso cumprimento da promessa. Realmente, “Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que crê nele não se perca, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).

Estamos a escrever para ti irmão ou irmã, amigo ou amiga do jornal “O Concelho de Proença-a-Nova”, para ti fiel das paróquias de Proença, Peral, São Pedro, Cardigos… para ti nosso colaborador ou nossa colaboradora, quer por meio das valiosas reportagens ou artigos de opinião, assinatura ou publicidade, quer por meio de simples leitura e critica… em qualquer situação em que te encontrares… Se acreditares: (“hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor”) e renasceres, cresceres e morreres com Ele (Jesus), alegrar-te-ás! A alegria é o sinal mais certo da presença de Deus. Hoje é a nossa vez de acolher e anunciar esta Boa-Nova de alegria

Santo Natal, para todo o ano!

Com qual atitude se deve olhar para o novo ano? Interroga o Papa Bento XVI na sua mensagem para o dia Mundial da Paz. E, citando o Salmo 130, diz que o homem de fé aguarda pelo Senhor “mais do que a sentinela pela aurora” (v. 6), aguarda por Ele com firme esperança, porque sabe que trará luz, misericórdia, salvação. Fazendo minhas estas palavras do Papa, convido-vos a olhar o ano de 2012 com esta atitude confiante!

Bem haja!

P. Ilídio Graça

 

Amor ao próximo - A solução para a crise

26-12-2011 10:44

O ser humano tem uma enorme dificuldade em ajudar os que o rodeiam. O nosso egoísmo não nos deixa fazê-lo e queremos tudo para nós em primeiro lugar, mas isso não é solidariedade.

É preciso aprender a ser solidário, a ajudar e a amar os que precisam. Amar o outro deve ser o centro da vida do cristão vendo nele a imagem do Senhor. Um filósofo disse: O grande problema dos nossos dias não é a luta dos ricos contra os pobres, nem da Europa contra a América, nem do Oriente contra o Ocidente; o problema é se o homem é capaz de viver sem Deus. Viver sem Deus é viver sem Amor!  E amar o próximo como a nós mesmos, acreditem, é a solução para a crise mundial neste mundo que sofre o egoísmo, o abandono e a solidão pela ausência dos valores espirituais e por ter perdido a capacidade de amar.

Pedro Santos

Natal

26-12-2011 10:43

À medida que, em cada ano, as folhas do calendário vão passando, mais o 25 de Dezembro se aproxima com o pomposo título de Natal, palavra bem conhecida de todos nós.

Lembro-me dos votos expressos em Natais, já longínquos no tempo: “Paz na terra aos homens de boa vontade!”

No entanto, ao recordar esses tempos, interrogo-me: __ Onde está a boa vontade? Estará na crise de valores que se instalou na vida social e política, em que cada um procura o seu próprio interesse, em esquemas que favorecem o poder e o próprio egoísmo? Será que estas palavras foram  banidas do dicionário?

Ao debruçarmo-nos sobre a ciência, concluímos que esta responde a muita coisa, mas não responde à totalidade do homem, porque este também precisa da tal boa vontade, que parece perder-se no mundo de hoje.

Mas, se pensarmos um pouco, encontramo-la na mensagem de Cristo, na simplicidade do presépio, na adoração dos Reis Magos.

No momento em que a palavra “Crise” nos atinge até à exaustão, mesmo por aqueles que a não sentem, pensamos que existe realmente uma enorme crise de valores morais e pessoais, em que todos nos vamos afundando, ao olhar como principal e fundamental meta, a satisfação soberana dos nossos interesses egoístas, a verdade das nossas conveniências.

De acordo com a fé cristã , o caminho da boa vontade que também  podemos traduzir por bondade trouxe Deus ao mundo dos homens, embora dê a impressão de que estamos a esquecer aquela célebre frase: “Faz aos outros o que desejas que te façam a ti, ama o próximo como a ti mesmo!”

Apesar de tudo, sentimo-nos felizes, porque o Natal volta e voltará sempre com a sua mensagem de boa vontade, caminhando por caminhos difíceis, avançando por cima da cinza e da poeira os mitos, mas com renovadas atenções a convergirem para o nascimento do Salvador.

Otilina Silva-Escritora

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